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Céu de sal, sal da terra
2020
curadoria de Luísa Santos
#Lab box 1, Art Curator Grid, Lisboa
Céu de sal, sal da terra 2020
díptico: calcário lioz, cristais de sal sobre papel vegetal, projetor de luz, 110 x 110 cm (cada)
Vistas da exposição Céu de sal, sal da terra instalada dentro do Lab box, Art Curator Grid
Céu de sal, sal da terra foi concebido especificamente para as dimensões exíguas do Lab box, na Art Curator Grid. É uma paisagem, definida pela dinâmica elementar terra-céu e configurada como um díptico: no chão, uma pedra de lioz revela os fósseis que a compõem; no tecto, uma folha semi-transparente deixa passar luz através de cristais de sal. A instalação conta com a possibilidade de materialmente os dois elementos se encontrarem. Dependendo da humidade do espaço e das condições atmosféricas, o sal poderá voltar a solução líquida e precipitar-se sobre a pedra.
Ao mesmo tempo que se cinge às dimensões espaço e propõe uma experiência sensorial em que terra e céu condensam o observador naquele local, a história do material liga-o a uma paisagem mais extensa, para lá daquele contexto e do tempo presente. O calcário lioz, de formação sedimentar marinha, atesta um tempo (e um substrato) em que Lisboa esteve submersa num mar. Amplamente associado à construção, em especial à ideia de monumento, usado em edifícios oficiais e construções coloniais, o lioz transporta uma narrativa de poder e de domínio que interessa subverter, recontextualizando o material e remetendo-o à sua história natural.
Naquele espaço-entre, pretende-se abrir a possibilidade de diálogo através do ressurgimento de uma paisagem anterior. Nesta paisagem com um céu de sal e um chão de calcário fossilífero, estamos submersos num mar que já não existe, testemunho de passado, potencial futuro.
Ler o texto curatorial de Luísa Santos /
Entrevista sobre o projeto
Céu de sal, sal da terra 2020
cristais de sal sobre papel vegetal, projetor de luz, 110 x 110 cm
calcário lioz, 110 x 110 cm
Apoiado por: Art Curator Grid
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