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Confluência
2019

Bienal de Coruche

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Confluência    2019                       
instalação com 62 pedras recolhidas nas margens do rio Sorraia; vídeo, cor, sem som, 16:9, 12'24''
 

   Confluência é uma meditação sobre diferentes imagens, metáforas e materialidades do rio, associando-as ao processo civilizacional. O projeto surge no contexto específico de um encontro com a vila de Coruche e do reconhecimento do rio Sorraia como presença natural estruturante.
   Sob o formato de instalação, desenvolve-se em torno do binómio natureza-construção: o rio como entidade natural - o rio como recurso. Uma das formulações desta dialética evidencia-se através da utilização de materiais recolhidos nas margens do rio, como os seixos: por um lado, são parte constituinte do rio e modelados por este, por outro, são potencial matéria de construção (utilizada, por exemplo, na composição da taipa ou como parte de pavimento, ainda visível no local).
   Outra formulação surge num vídeo que regista a subida artificial das águas e o seu escoamento. Lembrando uma relação histórica de negociação com as cheias, que paradoxalmente provocavam estragos na vila e fertilizavam os campos, penso na inversão desta relação de poder.
   O rio pode agora ser manipulado, tanto por necessidade quanto para fins estéticos/recreativos. Surgem alterações na sua dinâmica ecológica, observáveis sob a forma de eutrofização.
   Entre estratégias de registo e de formulação simbólica, procura-se pensar a condição do rio Sorraia evocando uma intenção unificadora, sustentável, entre natural e construído.

Confluência [Confluência]     2019                       

  vídeo, cor, sem som, 16:9, 12'24''

Residência artística e apoio por:  Bienal de Coruche

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